Wednesday 5 October 2011

Desculpa

Desculpa por não ser tudo aquilo que você sonhou, por não entender todos os seus gestos e sequer corresponder às suas expectativas. Desculpa por não acompanhá-lo em todas as festas ou encontros com seus amigos. Desculpa por falar baixo demais, por ser tão reservado e por não ter tantas fotos para mostrar. Desculpa por ouvir músicas que você nem ao menos conhece, por chegar cansado do trabalho e não ter toda a disposição que gostaria. Desculpa por nem sempre ter tanto assunto ou coisas interessantes para contar. Desculpa por ser assim, tão crítico, tão sério, cheio de defeitos e por estar apaixonado por você...

5 comments:

  1. Estimado Amigo:
    Fez bem.
    Quando erramos devemos sempre pedir desculpa. Não sei se foi o seu caso, mas foi perfeito.
    Bem-Haja, pela visita ao meu blogue.
    Abraço amigo de respeito e consideração pela sua significação que aparenta.
    Sempre a admirá-lo

    pena

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  2. Beautiful, amigo! Quando recebo tua visita já sei que vou ler um texto questionador e profundo. Esse é um deles. Nos desculpamos do tempo e das oportunidades que deixamos passar em relação a quem mais amamos...mas, que fazer?
    A vida de hoje, tão veloz e tão corrida não nos deixa folgas e momentos mais tranquilos de longas conversas à mesa do jantar. É por isso que tenho saudade do Brasil rural e de um galo cantando no quintal...
    Adorei! Um suave final de semana, meu querido!

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  3. Querido amigo,

    Que lindo o que você escreveu! Olha, não pude deixar de ler também o comentário da nossa amiga Vanuza e concordo plenamente.

    O importante é ter a sensibilidade de um auto exame da necessidade de não esquecer esta palavra " desculpa" e que ela se manifesta e se concretiza no agir. É sempre hora de!

    Carinhoso beijo e felicidades sempre! Obrigada pelo carinho da sua visita que sempre me faz feliz!

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  4. Esse texto é como se cravasse entre a alma e o coração uma faca. Muito bom. Nem sei o que dizer. Chorei.

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  5. Revesti-me de uma armadura coberta de minhas dores.
    Das noites sobre a luz da tua campainha, restaram-me apenas os suspiros da tua voz, que ainda ecoam sobre os corredores de vasta obscuridade em meus pensamentos.
    Meus lábios beijaram a abstinência ao chão. Alguns anos se passaram, mas você, bem, você ainda continua como uma obra de arte, que não me canso de apreciar, ou como aquele livro de cabeceira que não me canso de ler.
    Deleito-me da mórbida solidão sem teu afago. Já não sinto mais o teu perfume que alegra e acalma minha triste tristeza, que insiste em correr pelos meus olhos. Vivemos cada instante como se fosse uma eternidade. Deveras almejava que estas palavras fossem apenas palavras, que fosse um simples verso cremado a se decompor pela terra.

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