Saturday 17 November 2012
Tempos felizes
Nós dois compartilhamos a música preferida, o filme
inesquecível, o lugar que sonhávamos conhecer e quando a afinidade não existia,
tratávamos logo de inventá-la, só para ficar ainda mais próximo um ao outro. Fiz
algumas alterações em mim só para poder te merecer, pois, eu sabia que chegaria
lá, e "lá" era estar junto a você definitivamente. Ao contrário do
que pensávamos o nosso amor não foi diminuindo ao passar do tempo. Até os
nossos desentendimentos parecem meras desculpas para logo fazermos as pazes,
voltar a sentir o seu coração ao mesmo ritmo do meu. Até hoje não me conheço
mais feliz desde o dia em que acordei do seu lado. Enquanto me toca é como o sol entrando por uma
fresta da janela e, eu gosto dessa sensação mágica de não saber ao certo onde
termino e onde começa você, dessa impressão boa de que vamos fazer parte um do
outro por tempos felizes...
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Venho aqui desejar que "Esse Tempo Feliz" continue se repetindo em 2013.
ReplyDeleteQue bom que o encontro bem Feliz aqui...
Deixo meu beijo e minha amizade com o carinho de sempre. Jady
Lugares vazios
ReplyDeleteHavia lhe feito um convite, e antes mesmo que eu fizesse alguma pergunta, estava eufórica, demasiadamente atônita. Tudo havia sido bem planejado em seus mínimos detalhes, afinal era nosso primeiro jantar.
Com um olhar sorridente, mas transbordando de mistério, deu-me um beijo como resposta. Minhas gélidas mãos e trêmulas não sabiam ao certo onde esconderem. A alegria em meu rosto era evidente.
Borrifos do melhor perfume em ambos os lados do meu pescoço, na medida ideal. Causar uma boa impressão era necessário. Passei meu batom vermelho, penteando cautelosamente meus cabelos, e calculando metrificadamente onde cada fio de cabelo deveria estar. Escolhi o melhor vestido, sim, aquele vestido azul de rendas espalhadas por todos os lados. A cor azul me leva ao céu, e naquele instante o único lugar que eu poderia estar era andando sobre as nuvens ao fitar os olhos como que uma criança ao agarrar um doce.
Deixei em sua camisa, a marca dos meus lábios, foi o nosso primeiro e último jantar. No dia seguinte havia recebido um telefonema de algum amigo muito próximo dele. A notícia foi imediata: - Bem Eloíse, quem está falando ao telefone é Marcos, e infelizmente não tenho boas notícias para você, o Miguel, ele, bom, é, ele, partiu. Sim, infelizmente digo isso não com as palavras em minha boca, mas em meu coração que ruge em pedaços.
Sem indagar, cai aos prantos, enquanto Marcos ainda falava ao telefone, um silêncio tomou conta de mim.
Hoje, ainda vou ao mesmo lugar de sempre onde havíamos nos encontrado. Reservo os mesmos dois lugares, dois pratos estão sobre a mesa, o cardápio e os talheres brilhantes de prata, intactos, e o seu lugar, ainda continua reservado, e continuará por toda eternidade, bem sei eu, que meu coração não se atreveria a se apaixonar mais uma vez.