Sempre eu mesmo

Muitas vezes deixei de falar o que penso simplesmente pra agradar alguém. Falei o que não pensava e acabei magoando. Fingi ser o que não sou. Contei piadas e mais piadas sem graça, apenas pra ver um amigo feliz. Inventei histórias com finais felizes pra dar esperança a quem precisava. Sonhei demais, me confundi com a realidade. Tive medo do escuro, hoje no escuro “me encontro”. Cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer e me reergui inúmeras vezes achando que não mais cairia. Chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram. Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada, sempre foram e serão especiais para mim. Sou sempre eu mesmo. Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos...